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sábado, 14 de julho de 2012

NOITE CHUVOSA


NOITE CHUVOSA
Claudia Dimer

Vaga a noite chuvosa; triste e lenta
A vislumbrar a luz em relampejos...
Parece louca e morta de desejos
De aumentar o vazio que atormenta.

Dela todo o ser vivo então se ausenta,

São gélidos e rudes os seus beijos,
traz uma fina chuva que em voejos
lacrimeja na rua nevoenta.

Noite chuvosa, passe!... vá direto

P'ra algum lugar de sombras, não sei onde...
És tu que rouba estrelas? onde estão?

Tu és tão triste e fria em teu trajeto

Que até a lua se te vê se esconde
P'ra se abrigar nos braços da amplidão!

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